sexta-feira, 27 de junho de 2008

Interdisciplinaridade no processo de Ensino Aprendizagem com a Informática


Esse processo de interdisciplinaridade deve permitir ao professor e os alunos aprender a aprender num processo coletivo para produção do conhecimento, colocando como foco o aprendiz em um sistema aberto que permita a percepção e integração de um currículo vivo, no qual o ensino/ aprendizagem se dê nas relações interdisciplinares e que o conhecimento seja tomado como um bem renovável em que educadores e educandos estejam comprometidos com a produção do mesmo dentro de um contexto que vá além da informática. Contemplando as demandas mercadológicas, a sociedade de comunicação e a importância dos saberes docentes na configuração do que vem a ser um plano de ação conjunta e colaborativa, que possa determinar a construção producente da noção de informática na escola, currículo e conhecimento juntamente a noção pedagógica, frente à percepção dos saberes de professores/profissionais e suas representações do currículo e da práxis educativa dentro de um ambiente escolar gerido pelo diálogo em uma visão democrática e colaborativa do Projeto Informatizado e Pedagógico.
Pensar e construir uma escola é, essencialmente colocar em prática uma concepção política e uma concepção pedagógica que se realimentam e que se corporificam na sua Proposta Política-Pedogógica.
Pensar a escola e a construção de seu projeto de vida requer o estabelecimento dos conceitos pelos quais se fundamentam suas percepções de um projeto político-pedagógico. Sendo suas bases à visão de sociedade a qual responde os novos paradigmas educacionais, as definições das especificidades da organização escolar, a visão clara da finalidade da escola como construtora da cidadania e as ambigüidades dos saberes docentes, no que estabelece a dimensão da qualidade desejada na educação.
As especificidades do ensino centrado no aluno-aprendiz obrigam o educador a tomar uma postura de mediador, deve-se propiciar ao sujeito da aprendizagem ferramentas possíveis para a construção contínua de seu conhecimento, de forma que o mesmo possa usufruir sua criatividade e imprevisibilidade para compreender a sua própria evolução dentro das características de um povo como nação. E que para ser parte integrante dessa busca saiba articular seu conhecimento, atualizando-se continuamente em busca do conhecimento relacionado como capital-saber.
O que devemos desenvolver com alunos e professores é exatamente isso, despertando a consciência e a importância em se utilizar esse recurso adequadamente na escola e os benefícios que o computador pode trazer nesse processo.

Trabalho em Grupo



Trabalhar com a informática educativa ou educacional, tanto com alunos quanto com educadores, vai além de simplesmente navegar pela Internet buscando sites interessantes destinados à pesquisa de alguns assuntos para um trabalho em determinada disciplina...
Esse investimento deve compreender a capacitação prática (conhecimento tecnológico) articulada com a teórica (leitura, discussões, desenvolvimento de projetos, pesquisas, etc), mas sempre permeada pela formação humana, compreendendo o ser com holístico, ser emocional e racional.
A capacitação prática envolve conhecimentos básicos do Windows, Office, Internet, saber pesquisar em enciclopédias, conhecer alguns softwares educativos, recursos multimídia, algum software de autoria, Linguagem de Programação, etc..
Tudo isso parece muito, mas da forma como é ministrada, sempre fazendo ligação com a sala de aula através de projetos, torna-se fácil e prazeroso esse aprender. Não é um curso de computação, mas a utilização dos recursos que o computador oferece, partindo sempre de uma necessidade, um projeto. Portanto não há um curso de Processador de textos, mas a utilização deste aplicativo para um trabalho que estejamos desenvolvendo, e aprenderemos os recursos que ele possui de acordo com o que se fizer necessário para tal projeto. Por isso, normalmente não vemos tudo de um aplicativo/software específico, em determinado módulo de capacitação, vemos um pouco de cada programa, a interação entre eles, para utilizarmos em nosso projeto.
A capacitação teórica envolve o aprender a desenvolver projetos, articulação com a sala de aula, trabalhar a mudança de postura, etc., e tudo isso através de leituras de textos, artigos, livros, etc, discussões com o grupo, dinâmicas de sensibilização, etc., com o objetivo desencadear/instigar esse processo mudança através de uma nova visão do educador e do aluno, dentro de uma linha sócio-construcionista.
No caso do aluno, também há mudança de postura... Ele passa a ser visto como ser ativo e participativo; valorizado pelo potencial que possui e que tem agora oportunidade de demonstrar; entendendo as disciplinas de forma integrada e não fragmentada, buscando a relação existente entre elas através dos projetos que desenvolve; tendo oportunidade de criar seu próprio software e não apenas se utilizar dos que estão no mercado; se percebendo inserido no mundo globalizado, também na escola, uma vez que ela não deve mais ser entendida como uma instituição a parte; encarando o professor como um profissional que está ali para ajudá-lo neste processo, mas que não detém o poder do saber universal, mas é um articulador, mediador, estimulador da criatividade, etc. O aluno não é capacitado, mas ele é levado a um novo ambiente, um nova sala de aula, muito mais estimulante, divertida, onde desenvolverá seus trabalhos, muitas vezes iniciados em classe com o professor, se utilizando de mais esse recurso. Tudo isso leva à sua mudança de postura (disciplina, auto-estima, socialização, motivação, participação, etc.).
Mas isso não seria possível sem computador? Sim, seria a resposta. É totalmente possível e deve acontecer com ou sem computador. Porém, quando fazemos uso de um instrumento sobre o qual não dominamos, que é diferenciado na sala de aula, que nos tira do cotidiano giz e quadro negro, sentimo-nos desestruturados. Mas esse pode ser exatamente o estimulador às mudanças que precisávamos. Devemos lembrar o que Piaget falava sobre desequilíbrio, assimilação e acomodação.

Pontos Básicos para Elaboração do Projeto de trabalho com a Informática


Estamos na era computadorizada... Computadores, Internet, DVDS, celulares, Cinema, T.V., Rádio, e todos esses maravilhosos recursos que hoje fazem parte de nossas vidas... Entraram porta adentro e nem sequer nos demos conta...
Na Educação, há cerca de duas décadas, aproximadamente, uma máquina vem se infiltrando em nossas salas de aula, colaborando muito para a modificação do cenário que compôs, até então, o universo escolar: o computador.
Acredito que cursos de informática são importantes para todos os indivíduos hoje em dia. Porém, não vejo a escola como instituição responsável por desenvolver tal tarefa. Os cursos de informática podem estar inseridos na escola como atividade opcional oferecida aos alunos, mas nunca chamadas de informática educativa ou educacional, simplesmente por estarem sendo ministradas dentro de uma instituição escolar.
A informática educativa ou educacional vê no computador uma ferramenta, ou mais um recurso a ser utilizado em sala de aula, pelo professor e pelos alunos, no auxílio da construção do conhecimento. Assim, não podemos ter um profissional especializado para utilizar esse recurso, mas todos os profissionais da escola capacitados e envolvidos nesse processo.

A Informática Educativa em sala de aula


A informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vêm aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia. Houve época em que era necessário justificar a introdução da Informática na escola. Hoje já existe consenso quanto à sua importância. Entretanto o que vem sendo questionado é a forma com que essa introdução vem ocorrendo.
O Objetivo principal nos dias atuais é adaptar no currículo escolar a utilização da informática (computador) como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada.
Observa-se que no ínicio, quando nas escolas fez-se o uso do computador, foi comprovada a pouca experiência dos alunos com essa tecnologia. Houve processo lento para modernização no sistema escolar, onde eram necessários a utilização de técnicos especializados nessa função de ensinar informática. Profissionais que não estavam ligados no conteúdo programático da instituição de ensino sem vínculo com as disciplinas, cujos objetivos eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade. Com o passar dos anos houve uma preocupação maior em adaptar esse sistema com a aula propriamente dita, a informática educativa, que além de promover o contato com o computador, tinha como objetivo a utilização dessa ferramenta como instrumento vinculado a outras disciplinas.
Vivemos em um mundo globalizado, modernizado, onde a informática se tornou uma das peças principais para resolução de nossos problemas, praticidade, segurança, organização, comodidade, agilidade. Não devemos esquecer dos valores éticos e morais ensinados em sala de aula, nossas raízes na escrita.
A globalização impõe exigência de um conhecimento holístico da realidade. E quando colocamos a informática como disciplina, fragmentamos o conhecimento e delimitamos fronteiras, tanto de conteúdo como de prática.
Entendemos que a construção de conhecimento em informática na educação pode ser concebida como um “elemento novo” no processo de aprendizagem do professor da escola pública e que começa a permear a sua prática profissional. Portanto, consideramos que cursos de capacitação em informática na educação podem ser considerados como uma das experiências do professor em aprender a ensinar utilizando a informática.
Concebendo a importância da experiência pessoal do professor com a informática e da significação pessoal dessa experiência para o desenvolvimento profissional do professor, buscamos desenvolver a pesquisa à luz dos estudos sobre o desenvolvimento profissional e pessoal, saberes docente e a construção pessoal desses saberes bem como estudos sobre a informática na educação.
No dia-a-dia do professor, apresentam-se exigências ou necessidades que podem levá-lo a novas aprendizagens relacionadas ao exercício da docência.
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua pratica e construir novas formas de atuação que permitam não só no lidar, com essa nova realidade como também construí-la. O professor precisa entender a importância em se comprometer a estar em um laboratório de informática ministrar sua aula e não deixar que uma outra pessoa faça isso.
A informática educacional deve fazer parte do projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola em sua proposta educacional.