sexta-feira, 27 de junho de 2008

Trabalho em Grupo



Trabalhar com a informática educativa ou educacional, tanto com alunos quanto com educadores, vai além de simplesmente navegar pela Internet buscando sites interessantes destinados à pesquisa de alguns assuntos para um trabalho em determinada disciplina...
Esse investimento deve compreender a capacitação prática (conhecimento tecnológico) articulada com a teórica (leitura, discussões, desenvolvimento de projetos, pesquisas, etc), mas sempre permeada pela formação humana, compreendendo o ser com holístico, ser emocional e racional.
A capacitação prática envolve conhecimentos básicos do Windows, Office, Internet, saber pesquisar em enciclopédias, conhecer alguns softwares educativos, recursos multimídia, algum software de autoria, Linguagem de Programação, etc..
Tudo isso parece muito, mas da forma como é ministrada, sempre fazendo ligação com a sala de aula através de projetos, torna-se fácil e prazeroso esse aprender. Não é um curso de computação, mas a utilização dos recursos que o computador oferece, partindo sempre de uma necessidade, um projeto. Portanto não há um curso de Processador de textos, mas a utilização deste aplicativo para um trabalho que estejamos desenvolvendo, e aprenderemos os recursos que ele possui de acordo com o que se fizer necessário para tal projeto. Por isso, normalmente não vemos tudo de um aplicativo/software específico, em determinado módulo de capacitação, vemos um pouco de cada programa, a interação entre eles, para utilizarmos em nosso projeto.
A capacitação teórica envolve o aprender a desenvolver projetos, articulação com a sala de aula, trabalhar a mudança de postura, etc., e tudo isso através de leituras de textos, artigos, livros, etc, discussões com o grupo, dinâmicas de sensibilização, etc., com o objetivo desencadear/instigar esse processo mudança através de uma nova visão do educador e do aluno, dentro de uma linha sócio-construcionista.
No caso do aluno, também há mudança de postura... Ele passa a ser visto como ser ativo e participativo; valorizado pelo potencial que possui e que tem agora oportunidade de demonstrar; entendendo as disciplinas de forma integrada e não fragmentada, buscando a relação existente entre elas através dos projetos que desenvolve; tendo oportunidade de criar seu próprio software e não apenas se utilizar dos que estão no mercado; se percebendo inserido no mundo globalizado, também na escola, uma vez que ela não deve mais ser entendida como uma instituição a parte; encarando o professor como um profissional que está ali para ajudá-lo neste processo, mas que não detém o poder do saber universal, mas é um articulador, mediador, estimulador da criatividade, etc. O aluno não é capacitado, mas ele é levado a um novo ambiente, um nova sala de aula, muito mais estimulante, divertida, onde desenvolverá seus trabalhos, muitas vezes iniciados em classe com o professor, se utilizando de mais esse recurso. Tudo isso leva à sua mudança de postura (disciplina, auto-estima, socialização, motivação, participação, etc.).
Mas isso não seria possível sem computador? Sim, seria a resposta. É totalmente possível e deve acontecer com ou sem computador. Porém, quando fazemos uso de um instrumento sobre o qual não dominamos, que é diferenciado na sala de aula, que nos tira do cotidiano giz e quadro negro, sentimo-nos desestruturados. Mas esse pode ser exatamente o estimulador às mudanças que precisávamos. Devemos lembrar o que Piaget falava sobre desequilíbrio, assimilação e acomodação.

Um comentário:

Gislândia Star disse...

É isso aí Jan continue assim, melhorando a cada dia.